19 de agosto de 2007

MEIO AMBIENTE - Há muitas idéias, mas faltam verbas

Coordenador do Inpa fala sobre necessidades orçamentárias. Deputada Rebecca Garcia promete empenho para trazer verbas ao Amazonas.

O coordenador de Extensão (Coxt) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Carlos Bueno (foto), afirmou que a entidade à qual pertence necessita, no mínimo, duplicar suas verbas para poder trabalhar com mais vigor no próximo ano.

O comentário foi feito em um momento bastante oportuno, durante encontro de membros do executivo, ambientalistas e intelectuais, na semana que passou, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, zona sul.

Para sustentar sua posição, Bueno, que representou no evento o diretor do Inpa, Adalberto Val, exemplificou que uma publicação importante, realizada de forma conjunta entre Instituto Max Planck e Inpa, acabou poucas semanas atrás devido dificuldades estruturais. Outra questão indicada por Bueno trata-se da falta de incentivos para o implemento e o fortalecimento do Núcleo de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais (NPCHS). “Queremos participar do debate e discutir possíveis mudanças orçamentárias. O Inpa depende do governo federal para isso”, alertou o pesquisador.

Bueno ainda ressaltou que o governo do Estado do Amazonas vem atuando de modo importante, auxiliando a gabaritados pesquisadores com verbas para ações sistemáticas. “Se não fosse a Fapeam estaríamos em situação muito pior”, disse, reconhecendo o trabalho desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), presidida por Odenildo Sena.

No encontro do Centro Cultural dos Povos da Amazônia, Bueno ouviu da deputada federal Rebecca Garcia (PP/AM), que integra a Comissão de Mudanças Climáticas do Congresso, a promessa de pressão dos parlamentares para o aumento das verbas para ações de C&T na Amazônia. Todavia, o pesquisador foi um tanto vago em sua avaliação. “O que cabe a nós é acompanhar as discussões”.

Apesar do Inpa não vir conseguindo a verba a qual precisa para desenvolver pesquisa, de acordo com a diretora técnico-científica da Fapeam, Elizabete Brocki, de 2003 a junho deste ano, já foram investidos pelo governo do Estado em torno de R$ 25 milhões em pesquisas no instituto.

“O Inpa é o segundo parceiro que mais recebe investimentos da Fapeam”, ressaltou Elizabete, confirmando que o governo federal teve participação reduzida nesse montante, apesar de importante.

A diretora técnico-científica finalizou dizendo que ao todo a Fapeam já investiu, em quatro anos, R$ 75 milhões em ações de fomento à pesquisa em ciência e tecnologia no Amazonas, o que é um marco na história do Estado.

Fonte : Jornal " Amazonas em Tempo'