16 de setembro de 2007

Entrevista ao Jornal A Crítica

Acompanhe abaixo entrevista concedida na última quinta-feira, 13.09.



"A deputada federal Rebecca Garcia (PP) disse que é pré-candidata à Prefeitura de Manaus, caso seja confirmada a saída do deputado federal Carlos Souza do partido (Carlos confirmou sua saída da sigla a A CRÍTICA, mas disse que só na próxima semana anunciará seu novo partido). Herdeira política do ex-deputado federal Francisco Garcia, Rebecca disse que preferiria enfrentar, no segundo turno, Amazonino Mendes. Ela não descartou, porém, composições e apoio a outro candidato em um segundo turno. A seguir trechos da entrevista concedida pela deputada durante visita a este jornal na última quinta-feira.

AC - A senhora apareceu em inserções da propaganda do PP na TV nas quais o mote era: "está na hora de Manaus ser cuidada como ela merece". É uma proposta à sociedade manauara?

RG - É o seguinte: a gente tinha esse horário disponível do PP, que tinha de ser ocupado, e as próximas eleições são municipais. Então, você já faz a propaganda pensando nas próximas eleições. Mesmo que eu não seja candidata, vou pedir voto para o PP. Minha imagem tinha de aparecer vinculada às eleições municipais. Foi a melhor forma de passar isso. E parece que deu certo, pois a gente sente o resultado bom nas ruas.

AC- Com a saída do deputado Carlos Souza do PP, a senhora será candidata à Prefeitura de Manaus?

RG- que tínhamos acertado dentro do partido, era que até o final deste ano, quem estivesse melhor nas pesquisas seria o candidato. Era esse o acordo. Até por isso a gente não entende muito o porquê de o Carlos se desligar. Acho que ele quis mesmo partir para um vôo solo. Não adianta lançar um candidato que está com 5% e deixar de fora outro que tem chance. Só achamos que está muito cedo para definições hoje. Muita coisa pode acontecer. Em política, até tropeção faz um candidato perder eleição.
.
AC- O PP já tem pesquisas sobre seus possíveis candidatos?

RG - Em algumas pesquisas, até já divulgadas, apareceu o Carlos (Souza), em segundo lugar, e o meu nome era citado também. Acredito que do partido eram os dois nomes citados.

AC - O deputado Carlos Souza confirmou a saída dele do PP?

RG - Ele confirmou pela imprensa, para mim não confirmou nada. Pelos jornais, eu li que ele havia dito que era irreversível a decisão dele. Então, dessa maneira, entendo que seja irreversível, mas, para mim ele não chegou a falar nada, e nem para o meu pai (o empresário Francisco Garcia), presidente do partido. Não comunicou nada até esta data.

AC- Em entrevista a A CRÍTICA, o deputado Carlos Souza disse que sairia do partido para que não houvesse constrangimentos a outras pessoas do PP que poderiam ser candidatas à PMM. Como está o PP em termos de pré-candidatos?

RG- O que a gente entende é o seguinte: nas últimas eleições, o PP fez o maior número de vereadores, o maior número de deputados estaduais, o maior número de deputados federais e o próximo passo, o passo natural, é concorrer a uma eleição majoritária. Entendemos que é o momento, sim, de o PP lançar uma candidatura própria à Prefeitura de Manaus.

AC- Confirmada a saída do deputado Carlos Souza do partido, a senhora é candidata à Prefeitura de Manaus?

RG - Se até lá o meu nome estiver eleitoralmente viável, com certeza serei candidata. Tenho de estar disposta, afinal, entrou na política é para se molhar.

AC- Se o PP coloca candidato, a proposta é chegar a um segundo turno. Quem seria um bom adversário? Com quem a senhora gostaria de ir para o segundo turno?

RG - O Amazonino (Mendes). Acho que ele é o melhor adversário de todos, assim, para todos. Não para se ganhar dele, não estou dizendo que iria ganhar fácil dele, mas acho que é o que seria mais honroso.

AC- O PP fala em "cuidar de Manaus como se cuida de um filho". Qual é a proposta do partido para a cidade?

RG - Acho que tem aquela administração básica da prefeitura, que é gerenciamento, o asfalto, a estrutura da cidade. E tem a outra questão, que é a social, aí penso que entra essa coisa de cuidar como filho. A gente sente que as pessoas estão carentes de pai e de mãe. No caso, seria essa a proposta da mãe. Estar lá para ver a escola do filho, para ver o posto de saúde do filho. Então, é preciso olhar de uma maneira diferente. Acredito que a maior dificuldade de um político é ter sensibilidade para aquilo que é prioridade."