O evento ocorrido em Brasília no último mês que reuniu legisladores dos países do G8 e do Brasil, da China, da Índia, do México e da África do Sul (o G8 + 5) , para avaliar uma proposta da Estratégia sobre Mudanças Climáticas pós-2012, aproximou a discussão internacional em torno de um protocolo que há muito tempo havia sendo depurado, cozinhado : o acordo internacional entre países para medidas contra as alterações climáticas.
E tudo indica que estamos muito próximos de um consenso. Leia abaixo a matéria veiculada neste domingo (16) na Folha de São Paulo, em que os países comprometem-se a colocar o debate teórico e retórico na mesa de negociações concretas, paupáveis e que norteiem efetivamente uma mudança não só de dados estatísticos (índices de emissão), mas como uma postura perante às novas realidades que visualizamos todos os dias. O derretimento linerar e contínuo das geleiras, o aumento das queimadas, a alteração comprometida do regime dos ventos, o aquecimento e esfriamento das águas superficiais dos oceanos, entre outros.
"Os chefes de Estados e de governo da UE (União Européia) reunidos no Conselho Europeu se comprometeram nesta sexta-feira (13) a aprovar até o final do ano o início de medidas contra a mudança climática.
O objetivo da UE é "manter seu papel como líder na luta contra a mudança climática", explicou o presidente rotativo do Conselho Europeu, o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa.
Jansa disse que a UE prestará "atenção específica" à possível transferência de empresas para países com normas ambientais mais flexíveis, que teria um duplo efeito negativo: mais desemprego na Europa e mais emissões causadoras do efeito estufa em outros países.
A UE decidiu no ano passado reduzir em 20% suas emissões de CO2 até 2020 em relação ao níveis de 1990 e também que 20% de seu consumo de energia proceda de fontes renováveis daqui a 12 anos, e que os biocombustíveis representem 10% do consumo nessa data.
Os chefes de Estado e de governo da UE se comprometem "a concluir o pacote [de medidas] até o final do ano", afirmou Jansa na conferência final, após o Conselho Europeu de dois dias.
Os países-membros da UE marcaram o objetivo de que esses compromissos virem lei no final de ano, de modo que o Parlamento Europeu possa referendá-lo rapidamente e a UE possa ir com essas medidas à conferência em Copenhague de 2009, na qual será discutido um marco que sucederá o Protocolo de Kyoto a partir de 2012."
