A capacidade de oferta do serviço de internet de banda larga em Manaus será duplicada a partir de setembro de 1,2 gigabites de velocidade por segundo (Gbps) para 2,5 Gbps pela Embratel. Essa ampliação do serviço local não deve significar queda nos preços ao consumidor nem mudanças na qualidade atual.
“O que vai acontecer a partir de setembro é que quem quiser comprar maior quantidade estará disponível”, afirmou Maria Teresa Lima, diretora executiva da região Centro Oeste e Norte da Embratel, acrescentando que a ampliação atenderá ao constante aumento de demanda no Amazonas.
A Embratel é a única empresa a oferecer internet por cabo de fibra óptica no Estado, sendo responsável por vender o serviço para os provedores de internet locais que, por sua vez, revendem ao consumidor final.
Concorrência - A própria empresa admite que a falta de concorrência acaba elevando o preço do serviço. Segundo a TelComp, o amazonense paga até 977% a mais do que o consumidor de outros estados.
Maria Teresa argumenta que há desinteresse de outras empresas em montar infra-estrutura para prestar o mesmo serviço. “Aqui os custos da prestação de serviço são mais elevados do que em outras regiões, em função da distância, estradas, energia, deslocamento e desafios ambientais”, disse.
Fibra Ótica - Para instalar o sistema de cabeamento entre Porto-Velho (RO) e Manaus, a empresa afirma ter investido R$ 100 milhões. O cabo de fibra óptica chega somente até o outro lado do rio que banha a capital amazonense, e o sinal chega através de rádio ao consumidor local. “Mas estamos começando agora um projeto de estudo para avaliar a possibilidade de atravessar o rio Amazonas com uma fibra ótica, isso tecnicamente é um desafio enorme”, disse.
O cabo seria colocado através de um furo direcional, que passaria por debaixo do leito do rio. A mesma tecnologia é utilizada por empresas que prestam serviço na construção do gasoduto Coari-Manaus. Se o projeto for considerado viável tecnicamente, a expectativa é que possa ser executado em um ano.
Essa seria uma alternativa, de acordo com a Embratel, para aumentar a oferta, agilizar a capacidade de ampliação do sistema e reduzir os custos.
Fonte: Diário do Amazonas
20 de julho de 2008
domingo, julho 20, 2008