
Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Vim hoje aqui nesta tribuna falar de um problema sério que muitas mulheres precisam enfrentar para sobreviver: o câncer de mama. De acordo com a pesquisa mais recente feita pelo Datasus, em 2005, 10.270 mulheres brasileiras foram vítimas de óbitos por câncer de mama, dessas, 44 eram de Manaus e 48 do Estado do Amazonas.
É um número difícil de identificar. Por exemplo, no Amazonas, a princípio, o número parece ser baixo, mas, na verdade, o que se tem é pouco controle desses números. É um estado grande, de logística complicada, onde não existem mamógrafos no interior, nem atendimento voltado para isso. Ou seja, o número que temos hoje espanta, mas ele ainda está muito aquém do que deve ser a realidade do nosso país.
O câncer de mama é o segundo tipo mais freqüente no mundo. No Brasil, a cada ano, cerca de 22% dos novos casos de câncer em mulheres são de mama. Só para o ano de 2008, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estimou 49,4 mil novos casos, com um risco estimado de 51 para cada 100 mil mulheres. Os três estados que mais tem incidência da doença é o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. No Amazonas, a estimativa para o ano de 2008, foi de 14,4 casos para cada 100 mil mulheres.
Neste ano de 2009, a luta contra a prevenção do câncer de mama obteve uma importante conquista. No dia 29 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 11.664, de autoria do deputado Enio Bacci, que garante o exame de mamografia feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos 40 anos e não mais 50 anos de idade. Essa medida é um grande avanço, considerando que o câncer, quando identificado no início, tem chances de cura de 95%.
E, apesar do auto-exame ser muito importante, segundo os médicos, a mamografia é o melhor método de identificar o câncer, pois só ela é capaz de identificar os tumores menores. Visitas periódicas ao médico e a realização da mamografia anual, sempre que solicitada, são importantíssimas para o diagnóstico precoce, o grande aliado da mulher na luta contra o câncer de mama.
Mas ainda é preciso fazer muito mais. Temos que lutar para envolver toda a sociedade na conquista de mudanças efetivas em políticas públicas em relação à saúde da mama. O Projeto de Lei 2784/08, de minha autoria, que tramita nesta Casa, prevê a alteração da Lei nº 9.797, de 6 de maio de 1999, que "dispõe sobre a obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora da mama pela rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer". A intenção é possibilitar a reconstrução da mama no mesmo tempo cirúrgico da mastectomia, levando em consideração as condições técnicas e de saúde da paciente.
O Projeto atua na elevação da auto-estima da mulher. Atualmente, o SUS já é obrigado a fazer a reparação mamária no caso de mastectomia, mas ninguém sabe quando esta mulher vai ter a reposição dessa mama. Pode demorar cinco, dez, quinze anos. Muitas mulheres morrem vítimas do câncer de mama, porque elas não querem viver sem a mama. Elas têm medo da discriminação, de viver com a auto-estima baixa, da rejeição do parceiro e mais uma série de outros medos que surgem na cabeça dessa mulher que está passando por um processo tão doloroso que é o câncer de mama.
A aparência física estimula, inclusive, a recuperação, uma vez que já é sobejamente conhecida a relação entre o estado de espírito e a superação de enfermidades, especialmente sobre o câncer.
Além desses benefícios, o Projeto também trará benefícios para o governo, que irá economizar recursos. Como a cirurgia reparadora já é obrigatória, será mais barato para o governo, se ele fizer só uma cirurgia ao invés de duas.
As políticas públicas são importantes, mas outra aliada essencial é a informação. Alguns estudos apontam a falta de informação como um dos principais agravantes para a mortalidade por câncer de mama. As mulheres desse país precisam saber tudo sobre o câncer de mama. Segundo pesquisa realizada pelo Datasus, 51% das mulheres não sabem que existem diferentes tipos de câncer de mama. Do restante, 40% não sabem explicar as diferenças. Existem pelo menos 37 tipos de câncer de mama, com características e chances de cura diferentes.
Por isso, peço a todos, Senhoras e Senhores Deputados, sejamos sensíveis a essa causa. Vamos fazer parte dessa luta para prevenir o câncer de mama e ajudar essas mulheres que tanto precisam de nós, do nosso apoio e da nossa vontade política.
Muito obrigada!
O Projeto atua na elevação da auto-estima da mulher. Atualmente, o SUS já é obrigado a fazer a reparação mamária no caso de mastectomia, mas ninguém sabe quando esta mulher vai ter a reposição dessa mama. Pode demorar cinco, dez, quinze anos. Muitas mulheres morrem vítimas do câncer de mama, porque elas não querem viver sem a mama. Elas têm medo da discriminação, de viver com a auto-estima baixa, da rejeição do parceiro e mais uma série de outros medos que surgem na cabeça dessa mulher que está passando por um processo tão doloroso que é o câncer de mama.
A aparência física estimula, inclusive, a recuperação, uma vez que já é sobejamente conhecida a relação entre o estado de espírito e a superação de enfermidades, especialmente sobre o câncer.
Além desses benefícios, o Projeto também trará benefícios para o governo, que irá economizar recursos. Como a cirurgia reparadora já é obrigatória, será mais barato para o governo, se ele fizer só uma cirurgia ao invés de duas.
As políticas públicas são importantes, mas outra aliada essencial é a informação. Alguns estudos apontam a falta de informação como um dos principais agravantes para a mortalidade por câncer de mama. As mulheres desse país precisam saber tudo sobre o câncer de mama. Segundo pesquisa realizada pelo Datasus, 51% das mulheres não sabem que existem diferentes tipos de câncer de mama. Do restante, 40% não sabem explicar as diferenças. Existem pelo menos 37 tipos de câncer de mama, com características e chances de cura diferentes.
Por isso, peço a todos, Senhoras e Senhores Deputados, sejamos sensíveis a essa causa. Vamos fazer parte dessa luta para prevenir o câncer de mama e ajudar essas mulheres que tanto precisam de nós, do nosso apoio e da nossa vontade política.
Muito obrigada!