5 de outubro de 2009

Apreço e desapreço na política

Sexta-feira, dia 2, foi concluída a primeira grande etapa da disputa política de 2010, com o fim do prazo para filiação partidária e mudança de partido dos que pretendem entrar na disputa. Até então, tapinhas nas costas, sorrisos desbragados, cordialidade absoluta. Na hora "H", as máscaras caem e as personalidades se revelam.

Quero agradecer aos que permaneceram em nosso grupo político e cumpriram o compromisso que todos assumimos – o de trabalharmos unidos por um Amazonas forte e que aprofunde cada vez mais os compromissos com moralidade, transparência e democracia.

Nosso grupo – reconhecidamente um dos que têm obtido melhor desempenho eleitoral nos últimos pleitos – sobrevive a todo tipo de tentativa de destruí-lo, sem jamais recorrer às chamadas "rasteiras" de bastidores ou a quaisquer outros expedientes que atentem contra a postura ética exigida das figuras públicas.

É difícil entender, num ambiente de tanta flexibilidade, como alguém vai à nossa casa e faz juras de amor, momentos antes de deixar o partido e mudar totalmente o rumo de suas vidas políticas. Até porque a vida segue, outros ocupam o espaço vazio e sempre, conforme a história política de nosso Estado tem mostrado, com mais qualidade. Ainda bem que, em meio a isso, nosso grupo consegue uma depuração de quadros, de forma natural.

Baixada a poeira vamos agora pensar no que fazer em 2010. O período do governador Eduardo Braga chegará ao final, após sete anos e meses, em abril do ano que vem. Trouxe conquistas importantes, como a ponte sobre o rio Negro, que muda a feição da expansão urbana da cidade, o Prosamim, intervenção profunda e necessária nas áreas mais insalubres, e a Avenida das Torres, um corte Norte-Sul no trânsito caótico de Manaus.


Quando inaugurar, nos próximos meses, a nova tomada d’água, na Ponta das Lajes, na Zona Leste, Eduardo Braga estará realizando aquilo que foi sonhado e projetado tantas vezes, ao longo de décadas.

É esse legado que precisamos manter. O vice-governador Omar Aziz tem sido parceiro de Eduardo e o sucederá, em abril, o que garante estabilidade até dezembro. Nosso trabalho, enquanto políticos, é cuidar para que o avanço continue, sem concessão a recuos, a partir de então.

Rebecca Garcia
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas