O trânsito é um problema para Manaus e toda grande cidade do mundo. Duas soluções se sobressaem, nos lugares onde essa questão é enfrentada de forma mais eficiente: nos EUA, maior economia do mundo, a construção de grandes viadutos e largas avenidas; na Europa, as rotatórias ou “bolas” ou “ferro de engomar”.
Em Manaus, na experiência recente, havia pequenos engarrafamentos na área da Bola do Coroado. Gastou-se R$ 76 milhões no viaduto Gilberto Mestrinho e o trânsito piorou, com os semáforos no ponto seguinte – Paraíba com André Araújo e entrada da Ufam – congestionados.
Sugiro que algum especialista faça estudo científico sobre essa experiência, hoje concreta, porque ele balizaria futuras decisões. De minha parte, como usuária e a partir de conversas com técnicos, sugiro seguir o caminho europeu, com a construção de rotatórias.
Na Bola do Coroado, antes, a autoridade de trânsito optou por semáforos, no lugar do princípio geral de tráfego nesses locais (“quem faz a bola tem a preferência, quem não está na bola pára e espera”). Não houve campanha educativa, sobrou ansiedade e faltou paciência.
Há outros gargalos de trânsito na cidade. Na entrada da Ufam, no Markro e Japiim (duas) está tudo pronto para construção de quatro rotatórias. Construí-las e realizar campanha educativa pesada, com sinalização vertical e horizontal farta, inclusive outdoors e panfletos distribuídos aos motoristas que estivessem parados, esperando a vez, melhoria o fluxo e gastaria bem menos. Parado na bola, o motorista receberia um papel com o título “Obrigado por esperar e permitir que nosso trânsito ande”, ou algo assim, seguido de texto explicativo.
A mesma coisa pode ser feita na Bola do São José, onde os engarrafamentos beiram o insuportável. Pega-se dois pontos, grosso modo, com geografia diferente. Em ambos, a campanha maciça do poder público em busca da melhor convivência no trânsito.
O transporte coletivo, também, é fundamental. Eficiente, tiraria carros particulares das ruas.
Estou preocupada com o Monotrilho. Esta semana, na condição de relatora da Comissão Especial para Fiscalização e Controle dos Recursos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, tentarei conciliação entre partes e interesses, no melhor espírito público.
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas