O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ser importante manter a confiança da sociedade nos compromissos assumidos pelo governo. “Há quem critique o governo e preveja o descumprimento do corte orçamentário de R$ 50 bilhões. Se começarmos descumprindo o salário mínimo de R$ 545, então vão prever o descontrole fiscal e inflação maior”, disse Mantega.
Ele disse haver vários pleitos em discussão que podem trazer insegurança quanto aos rumos das finanças públicas. “Não temos condição fiscal de aumentar despesas”, sustentou, citando que cada real a mais no salário mínimo custará para o Estado cerca de R$ 300 milhões.
Assim, o salário de R$ 600 custaria R$ 16,5 bilhões só em 2011. “O impacto é grande, temos limitação orçamentária”, insistiu. O ministro lembrou que em 2009, ano do auge da crise, apesar do momento de dificuldade, o governo soube honrar os acordos firmados. “Isso, agora, deve valer também para os trabalhadores”, cobrou.
A melhor solução para manter o crescimento da economia, seguir a geração empregos e melhorar as condições de vida de todos os brasileiros, resumiu o ministro, é um salário mínimo de R$ 545. “É em nome de tudo isso que o governo mantém sua proposta”, concluiu o ministro.
O ministro da Fazenda participa de comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. no plenário da Câmara sobre o novo valor do salário mínimo. O governo defende um mínimo de R$ 545 (PL 382/11).
15 de fevereiro de 2011
terça-feira, fevereiro 15, 2011
Sociedade precisa confiar nos acordos, diz Mantega
Fonte: Agência Câmara