Do Portal Amazonia
MANAUS (AM) - Diversos jornais impressos do Brasil publicaram matérias criticando as idéias do projeto Amazônia, apresentado pelo Ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, durante comitiva ministerial em visita à Amazônia.
Uma das propostas de Mangabeira seria levar água do Amazonas para o Nordeste. O ministro argumenta que a ligação é necessária porque "numa região sobra água inutilmente e na outra falta água calamitosamente". A proposta faz parte do "Projeto Amazônia", em que o desenvolvimento sustentável da região é discutido por Mangabeira e sua comitiva, de 35 pessoas, entre assessores da pasta, parlamentares e representantes do setor privado. O senador José Nery (PSOL-PA), que participa das reuniões, diz não ver necessidade nem estrutura para a realização de uma obra desse porte.
"Essas tentativas [de desenvolvimento sustentável da Amazônia] já são feitas há anos, mas nunca saem do papel. Por isso eu diria que temos motivos para desconfiar das propostas. Sobre o aqueduto, não parece que isso encontre muito apreço. Não vejo como algo exeqüível nem necessário", disse ele.
Sobre a Zona Franca de Manaus, Mangabeira quer substituir a indústria de montagem atual pela de transformação, o que pode viabilizar, diz ele, o desenvolvimento sustentável.
Outra idéia é usar áreas já desmatadas para projetos de agricultura e pecuária em pequena escala, além do manejo controlado da floresta com uso rotativo das árvores, compensadas por replantio.
Jornal "O Estado de São Paulo"
O Jornal o Estado de São Paulo, por exemplo, publicou matéria intitulada "Baboseiras amazônicas" . No texto, o jornal critica as opiniões do Ministro. " o ministro Roberto Mangabeira Unger mostrou, finalmente, em que se concentravam seus profundos estudos, pesquisas e reflexões sobre o futuro do País. Convencido de que "transformando a Amazônia, o Brasil se transformará", sem explicar no que deseja que o Brasil "se transforme", o ministro do futuro organizou uma expedição à região, de 35 pessoas, entre assessores, parlamentares e empresários com a missão de, em quatro dias, convencer os governos locais da importância e da viabilidade do seu criativíssimo projeto de transposição de água da Amazônia para o Nordeste. É que os estudos e pesquisas do ministro levaram-no à surpreendente e inovadora conclusão de que "numa região sobra água inutilmente e na outra falta água calamitosamente". Parece inacreditável que ninguém antes tenha feito tal raciocínio lapidar, informa o jornal.
E encerra : "O problema é que inventar enormidades não custa nada a quem as inventa, mas custa ao contribuinte, que é quem paga as equipes alocadas para o estudo e a discussão de idéias ridículas (para dizer o mínimo), transformando-se em financiador de baboseiras. Baboseiras como essa e como as do subordinado de Unger, Marcio Pochmann, presidente do Ipea, que quer resolver o problema do desemprego propondo 3 horas por dia de trabalho. Seria gozação, se não fosse desaforo!"
Uma das propostas de Mangabeira seria levar água do Amazonas para o Nordeste. O ministro argumenta que a ligação é necessária porque "numa região sobra água inutilmente e na outra falta água calamitosamente". A proposta faz parte do "Projeto Amazônia", em que o desenvolvimento sustentável da região é discutido por Mangabeira e sua comitiva, de 35 pessoas, entre assessores da pasta, parlamentares e representantes do setor privado. O senador José Nery (PSOL-PA), que participa das reuniões, diz não ver necessidade nem estrutura para a realização de uma obra desse porte.
"Essas tentativas [de desenvolvimento sustentável da Amazônia] já são feitas há anos, mas nunca saem do papel. Por isso eu diria que temos motivos para desconfiar das propostas. Sobre o aqueduto, não parece que isso encontre muito apreço. Não vejo como algo exeqüível nem necessário", disse ele.
Sobre a Zona Franca de Manaus, Mangabeira quer substituir a indústria de montagem atual pela de transformação, o que pode viabilizar, diz ele, o desenvolvimento sustentável.
Outra idéia é usar áreas já desmatadas para projetos de agricultura e pecuária em pequena escala, além do manejo controlado da floresta com uso rotativo das árvores, compensadas por replantio.
Jornal "O Estado de São Paulo"
O Jornal o Estado de São Paulo, por exemplo, publicou matéria intitulada "Baboseiras amazônicas" . No texto, o jornal critica as opiniões do Ministro. " o ministro Roberto Mangabeira Unger mostrou, finalmente, em que se concentravam seus profundos estudos, pesquisas e reflexões sobre o futuro do País. Convencido de que "transformando a Amazônia, o Brasil se transformará", sem explicar no que deseja que o Brasil "se transforme", o ministro do futuro organizou uma expedição à região, de 35 pessoas, entre assessores, parlamentares e empresários com a missão de, em quatro dias, convencer os governos locais da importância e da viabilidade do seu criativíssimo projeto de transposição de água da Amazônia para o Nordeste. É que os estudos e pesquisas do ministro levaram-no à surpreendente e inovadora conclusão de que "numa região sobra água inutilmente e na outra falta água calamitosamente". Parece inacreditável que ninguém antes tenha feito tal raciocínio lapidar, informa o jornal.
E encerra : "O problema é que inventar enormidades não custa nada a quem as inventa, mas custa ao contribuinte, que é quem paga as equipes alocadas para o estudo e a discussão de idéias ridículas (para dizer o mínimo), transformando-se em financiador de baboseiras. Baboseiras como essa e como as do subordinado de Unger, Marcio Pochmann, presidente do Ipea, que quer resolver o problema do desemprego propondo 3 horas por dia de trabalho. Seria gozação, se não fosse desaforo!"