A Folha de São Paulo publica em sua página nesta segunda-feira (24), matéria sobre a reciclagem das conhecidas PETs (embalagens descartáveis de sucos, refrigerantes). A prezada reportagem tem consonância absoluta com o pensamento de especialistas e os anseios da sociedade. Um entendimento comum sobre esta temática.
Há um Projeto de Lei (2373/07) de minha autoria que tramita na Câmara dos Deputados e que estabelece medidas para reduzir os resíduos gerados por embalagens. É considerada embalagem todo produto usado para conter, proteger, movimentar, entregar ou apresentar mercadorias, desde matérias-primas até produtos transformados, incluídos os copos, pratos e talheres descartáveis. Minha proposta define metas de redução da produção de lixo, a serem alcançadas pelo poder público.
O PL estabelece que, em cinco anos, os órgãos públicos responsáveis deverão coletar no mínimo 50% das embalagens comercializadas e reciclar ou reutilizar no mínimo 70% do total coletado. Em dez anos, deverão ser coletados no mínimo 90%, com a obrigatoriedade de reciclar ou reutilizar no mínimo 70% do total coletado. A percentagem será calculada com base no peso das embalagens comercializadas.É uma iniciativa que compactua com os interesses de todos e que vislumbra uma alteração não só no setor produtivo, mas em toda relação população x produtos de consumo. Leia abaixo na íntegra:
Em reunião ontem, a diretoria colegiada da Anvisa decidiu autorizar a utilização de garrafas PET recicladas para armazenar alimentos. A resolução, que deve ser publicada nos próximos dias, tem o objetivo de estimular a reciclagem do produto.
Segundo estimativa da agência, 184 mil toneladas --ou 50% do total-- não foram recicladas em 2007. O tempo de decomposição do material no ambiente, de acordo com a Anvisa, é de cerca de cem anos.
Para poder usar garrafa PET reciclada, a indústria terá que colocar no rótulo a expressão "PET-PCR".
Segundo a agência, quatro empresas procuraram o órgão pedindo autorização para usar o material.
Na opinião de Hermes Contezini, da Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET), a iniciativa, no começo, pode sair mais cara, mas pode compensar pelo "apelo ambiental".
De acordo com ele, o uso de garrafas recicladas em alimentos já é permitido em países como México, Estados Unidos e Austrália, mas os europeus são mais reticentes, por questões técnicas --a resina reciclada tem que ficar em estado muito semelhante à original para ser utilizada-- e sanitárias.
Contezini também diz que poderá não haver garrafas PET recicláveis em quantidade suficiente para suprir toda a demanda.