20 de março de 2008

SOCIEDADE - Quando Executivo e Legislativo jogam afinados

clique na figura para ver em tamanho maior



Uma boa equipe não é aquela que tem bons jogadores, craques. E muita gente que nem conhece o football já se deu conta disso. Quem não se recorda do Flamengo 95, da Seleções de 82 e 2006? O entrosamento, a harmonia e o entendimento mútuo fazem o sucesso de qualquer grupo.
Na política, terra de alcovas e perdizes, muitos desencontros acontecem no trâmite dos projetos de lei e das MP`s. As famosas MPs. Um toma da la e da cá tamanho, que um grita com o outro lá de cima, querendo mais liberdade e o de riba grita que quer agilidade na execução das medidas tais provisórias. E para pôr um ponto final nesta história, clama ver a matéria publicada hoje no Blog do Jornalista Ricardo Noblat "Para juristas, 80% das MPs são dispensáveis" (http://www.noblat.com.br/)
Esquecendo-se deste jogo entre os poderes, o bate bola corre para o campo uma jogada de gol numa proposta em que o Jornal Hoje (TV Globo) noticiou nesta quinta-feira (20), em que o Ministério da Educação pretende modificar o Fies, o programa de financiamento estudantil do governo federal.
Alunos de Medicina que tiverem aderido ao financiamento poderão quitar a dívida se, depois de formados, aceitarem trabalhar em cidades do interior. A medida faz parte de uma portaria do ministério da Educação que deve ser divulgada no fim do mês. Segundo o secretario de educação superior do MEC, a divida será abatida progressivamente, conforme o numero de horas trabalhadas.

Proposta consonante
Encaminhei neste ano ao Congresso um Projeto de lei que tem os mesmo objetivo : o serviço civil obrigatório. Estudantes dos cursos de medicina atenderiam comunidades longínquas e demandárias de tratamento na área de saúde após finalizado seus cursos. Uma forma de compensar o atraso e o déficit de nosso País, além do problema que temos pela continentalidade e a dificuldade de acesso destes profissionais aos municípios da região norte.
Neste sentido, esta proposta do executivo vem ao encontro da minha proposta e procura solucionar mais um problema que se arrasta por algum tempo : a dificuldade que os estudantes tem em pagar o empréstimo do FIES. Dívidas que existem e que, somente com propostas como essas, poderão ser sanadas. Ganham os estudantes, o MEC, o País. Ganham todas as comunidades que carecem urgentemente de tratamento especializado.
E este é o jogo que nunca empata, nem empaca. Executivo e Legislativo jogando afinados e rumo ao ataque das adversidades e dos problemas.
Veja a matéria em video