O MPF (Ministério Público Federal) em Mato Grosso do Sul deve denunciar à Justiça Federal os envolvidos em um esquema de extração ilegal de madeira nativa para produção e venda de carvão vegetal. A denúncia deve ser oferecida após a conclusão do inquérito pela Polícia Federal, que deflagrou hoje uma operação contra os envolvidos no esquema.
Hoje, a Justiça Federal concedeu mandados de prisão contra 35 integrantes da quadrilha. Eles são acusados de construir carvoarias clandestinas e explorar mão-de-obra barata --inclusive menores de idade-- e de extrair madeira nativa também em áreas de preservação ambiental.
O carvão produzido ilegalmente tinha como destino siderúrgicas em Minas Gerais e São Paulo e escoava livremente com a facilitação de passagem por policiais rodoviários federais do posto de Paranaíba (MS).
O procurador da República Gustavo Moysés da Silveira acredita que existem provas suficientes de crimes contra a administração pública, a ordem tributária e o meio ambiente, além de corrupção e formação de quadrilha.
Investigação - A investigação da quadrilha começou em junho de 2007 por meio de escutas telefônicas realizadas pelas delegacias da PF de Dourados e Três Lagoas para o operação batizada de Diamante Negro.
Em abril deste ano, Silveira emitiu parecer à Justiça Federal pela expedição de 116 mandados de busca e apreensão, mas a Justiça deferiu 21 mandados.
Estão envolvidos no esquema servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis), da Agenfa (Agência Fazendária) e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.
A operação conta com a participação de 140 policiais federais e 30 policiais rodoviários federais.
Fonte: Folha Online
21 de maio de 2008
quarta-feira, maio 21, 2008