12 de agosto de 2008

Amazônia não tem risco de violação, diz general

“O maior problema da segurança da Amazônia é a falta da presença do Estado”. A declaração foi dada ontem pelo comandante do Comando Militar da Amazônia, (CMA), general Augusto Heleno Pereira, durante uma visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim, em Manaus.

Segundo o comandante, a Amazônia não possui risco de violação no território. Ele disse que apesar do Brasil manter uma boa relação com os outros países vizinhos, o grande problema da segurança da Amazônia são os “ilícitos”. “Eu tenho insistido que nós precisamos ter uma presença mais efetiva do Estado na Amazônia. O que nos preocupa hoje são os ilícitos na Amazônia, como o tráfico de drogas, tráfico de armas, biopirataria, exploração ilegal de madeira, de minério”, afirmou. O comandante Heleno disse ainda que para combater os “ilícitos” é necessário fazer um trabalho em conjunto com a Receita Federal, Polícia Federal, Incra, Funai e demais orgãos. “Já tivemos várias conversas com o presidente Lula, o ministro Nelson, sobre aumentar a presença do Estado na Amazônia. Eles sabem que temos problemas e precisamos aumento de efetivo, criar melhores condições de trabalho, ter equipamentos em melhores condições, agora é uma questão de tempo de tornar todas essas nossas preocupações em ações efetivas”, afirmou.

O ministro Nelson Jobim, que chegou ontem a Manaus para visitar o CMA, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da Operação Poraquê, disse que há uma série de promessas de investimentos na Amazônia.

“O Brasil é um país sem problemas, mas precisamos estar preparados para tudo.Vamos estar definindo um plano de estratégia da força”, afirmou. Para realizar a Operação Poraquê, um exercício de simulação de uma guerra convencional, estão sendo gastos R$ 10 milhões.

A operação está sendo realizada desde o último dia 4. Trata-se de um exercício combinado das Forças Armadas no noroeste do rio Negro, na região conhecida como Cabeça do Cachorro, no Amazonas.

Cerca de 5.300 militares estarão participando da operação nos municípios de Manaus, Presidente Figueiredo, Novo Airão, Barcelos e São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas; e Caracaraí e Rorainópolis, no estado de Roraima.

Fonte: Diário do Amazonas-GC