20 de agosto de 2008

Amazonas foi o quinto em desmate da floresta

O Amazonas desmatou 610 quilômetros quadrados, de 2006 a 2007, segundo o levantamento do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado ontem. Entre os nove estados da Amazônia, o Amazonas foi o quinto que mais desmatou a floresta, de acordo com o levantamento.

Entre os que mais desmataram estão o Pará, com 5.425 quilômetros quadrados, o Mato Grosso, com 2.678 quilômetros quadrados, e Rondônia, com 1.611 quilômetros quadrados. O levantamento do Prodes também informa que o Amapá foi o estado que menos desmatou, com 39 quilômetros quadrados. Tocantins teve 63 quilômetros quadrados de área desmatada, segundo o Inpe.

O resultado final, obtido pela análise de 213 imagens de satélite em alta resolução em áreas nubladas, computou o total de 11.532 quilômetros quadrados de desflorestamento na Amazônia Legal. Este resultado atualiza a estimativa de 11.224 quilômetros quadrados divulgada em novembro de 2007, produzida com base na análise das 74 imagens que apresentaram maiores taxas de desmatamento no período anterior e que permitiram a estimativa em novembro com 2,7% de diferença para menos em relação ao valor definitivo.

De acordo com o Inpe, a taxa de desmatamento de 2006-2007 significa uma redução de 18% em relação à taxa medida no período 2005-2006.

Deter - Na última sexta-feira, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou a redução de 60% do desmatamento da Amazônia, em julho deste ano em relação a junho, com base no levantamento do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Inpe.

Na comparação com julho do ano passado, a queda é maior, ficando entre 60% e 70%. No entanto, os números oficiais sobre a devastação na região só serão anunciados pelo Inpe no final do mês.

Minc disse que parte dessa queda pode ser atribuída ao aumento da fiscalização, com a atuação mais intensa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o reforço das presenças do Exército e da Aeronáutica na região e com a estratégia de fiscalização nos entroncamentos rodoviários. Ele também citou como causa da redução do desmatamento os diversos acordos feitos pelo Ibama com setores produtivos.

Fonte: Diário do Amazonas