Congresso em Barcelona reúne lideranças indígenas de vários países.
Povos querem recompensa por manter matas preservadas.
Povos querem recompensa por manter matas preservadas.
Reunidos no Congresso Mundial da Natureza, organizado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) em Barcelona, na Espanha, índios dos países que abrigam a floresta amazônica reivindicam mais participação nas grandes decisões sobre a floresta. Eles querem ser ouvidos no planejamento de obras de infra-estrutura nas discussão sobre a aplicação de grandes investimentos, como o Fundo Amazônia.
“As hidrelétricas dentro das terras indígenas, por exemplo, para nós são um atropelo, um desrespeito. A gente vê alguns empreendimentos feitos dentro e fora das terras indígenas, sem que os índios sejam consultados previamente, sem perguntarem se isso vai contribuir para a qualidade de vida das populações”, reclama o Marcos Apurinã, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), e um dos representantes brasileiros no congresso.
Uma das maiores preocupações de Apurinã e de lideranças indígenas de países vizinhos, como Guiana, Colômbia e Bolívia, é a implementação de mecanismos internacionais que remuneram países por manterem florestas preservadas. O principal deles é o REDD (Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação), em que há um pagamento pela quantidade de gás carbônico que a floresta deixa de emitir por não ser desmatada.
"Vamos reivindicar que, as populações indígenas que preservam as florestas também recebam por isso. Essas compensações ambientais, compensação de carbono, eles [os habitantes das tribos] não entendem essa língua, mas entendem o quanto é importante uma floresta”, afirma o líder indígena.
Fundo Amazônia - A Coiab é uma das instituições que têm assento no conselho que define a aplicação dos recursos do Fundo Amazônia, que pretende captar contribuições voluntárias para investir na redução dos desmatamentos.
Para Apurinã, esse é um reconhecimento da importância dos povos indígenas brasileiros, mas ainda é insuficiente. “É um início, porém eu entendo que estamos sendo incluídos tarde demais. Queremos convencer o governo brasileiro de que devemos ser incluídos dentro da política de conservação das florestas”, reivindica.
O Congresso Mundial da Natureza começou neste domingo (5) e segue até o dia 14 de outubro. Ele reúne cerca de 8 mil pessoas, entre governos, empresas, estudiosos e ambientalistas, e tem como objetivo encontrar soluções para o desenvolvimento sustentável.
“As hidrelétricas dentro das terras indígenas, por exemplo, para nós são um atropelo, um desrespeito. A gente vê alguns empreendimentos feitos dentro e fora das terras indígenas, sem que os índios sejam consultados previamente, sem perguntarem se isso vai contribuir para a qualidade de vida das populações”, reclama o Marcos Apurinã, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), e um dos representantes brasileiros no congresso.
Uma das maiores preocupações de Apurinã e de lideranças indígenas de países vizinhos, como Guiana, Colômbia e Bolívia, é a implementação de mecanismos internacionais que remuneram países por manterem florestas preservadas. O principal deles é o REDD (Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação), em que há um pagamento pela quantidade de gás carbônico que a floresta deixa de emitir por não ser desmatada.
"Vamos reivindicar que, as populações indígenas que preservam as florestas também recebam por isso. Essas compensações ambientais, compensação de carbono, eles [os habitantes das tribos] não entendem essa língua, mas entendem o quanto é importante uma floresta”, afirma o líder indígena.
Fundo Amazônia - A Coiab é uma das instituições que têm assento no conselho que define a aplicação dos recursos do Fundo Amazônia, que pretende captar contribuições voluntárias para investir na redução dos desmatamentos.
Para Apurinã, esse é um reconhecimento da importância dos povos indígenas brasileiros, mas ainda é insuficiente. “É um início, porém eu entendo que estamos sendo incluídos tarde demais. Queremos convencer o governo brasileiro de que devemos ser incluídos dentro da política de conservação das florestas”, reivindica.
O Congresso Mundial da Natureza começou neste domingo (5) e segue até o dia 14 de outubro. Ele reúne cerca de 8 mil pessoas, entre governos, empresas, estudiosos e ambientalistas, e tem como objetivo encontrar soluções para o desenvolvimento sustentável.
Fonte: G1