1 de novembro de 2008

Tabagismo passivo mata 2.600 pessoas por ano no Brasil

Cerca de 2.600 pessoas morrem todo ano no Brasil em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Com isso, o gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento é de pelo menos R$ 19,15 milhões, de acordo com estudo publicado nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Além disso, o impacto no pagamento de pensões ou benefícios pelo INSS (Instituto Nacional de Previdência Social) é de R$ 18 milhões anuais.

O estudo levantou os custos das três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: doenças isquêmicas do coração (como infarto do miocárdio), acidentes vasculares cerebrais e câncer de pulmão. A população estudada mora nos centros urbanos, tem 35 anos ou mais e é formada por fumantes passivos expostos involuntariamente à fumaça do cigarro em suas residências.

Para o diretor da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Marco Antonio Bessa, a única forma de diminuir o número de fumantes passivos e, conseqüentemente, o número de mortes relacionadas, é através de um aperfeiçoamento das leis que já existem hoje, aumentando também a fiscalização.

- O que precisa ser feito é aumentar a fiscalização nos locais onde se é proibido fumar e ampliar as campanhas de prevenção e limitação ao uso do tabaco - apontou o psiquiatra.

O médico ainda destaca que as medidas anti-cigarro evoluíram ao longo dos anos:

- Antes as pessoas fumavam em ônibus, cinema, avião, já houve avanço. De 20 anos pra cá houve uma melhora. Precisamos aperfeiçoar as leis atuais anti-tabagismo, trabalhar educando as crianças e adolescentes. Até porque, eles funcionam como incentivadores contra o cigarro e ajudaríamos a evitar também que se tornem os fumantes de amanhã.

Fonte: O Globo Online