20 de agosto de 2009

Debate sobre emissões de carbono

Na quarta-feira (19) pela manhã, a deputada Rebecca Garcia participou do café da manhã da Frente Parlamentar Ambientalista, que lançou a publicação de um trabalho feito com a UFMG/IPAM/WWF sobre as unidades de conservação do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).

As áreas protegidas da Amazônia têm cumprido um papel decisivo na conservação de extensas áreas de floresta e, consequentemente, na redução do desmatamento regional. Assim, o Arpa, lançado pelo governo brasileiro em 2002, vem desempenhando um papel de alta relevância. Neste trabalho, avaliou-se pela primeira vez o papel global das áreas protegidas na Amazônia brasileira e, particularmente, daquelas apoiadas pelo Arpa na redução do desmatamento regional e de suas emissões de carbono.

Segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) Paulo Moutinho, as unidades de conservação são uma barreira contra o desmatamento e mantêm o CO² armazenado na floresta, reduzindo as emissões na atmosfera. “Estamos trabalhando de graça, tendo em vista o mercado de carbono e os serviços ambientais que estamos prestando. É preciso que se crie algum tipo de compensação financeira por isso. É uma ação, uma decisão da sociedade brasileira no âmbito das mudanças climáticas, que pode ser muita vantajosa economicamente e não pode mais ser adiada”, diz Moutinho.

A deputada Rebecca Garcia vem defendendo a compensação financeira pelos serviços ambientais desde o início do mandato. “O Brasil tem que insistir nos mecanismos de REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação) nas rodadas de negociação internacional. Somos um país privilegiado, que tem todos os elementos pra fazer essa escolha e ser protagonista desse debate” afirma a parlamentar.