8 de setembro de 2009

A Frente do Diploma

Conseguimos, esta semana, as assinaturas necessárias para criação da Frente Parlamentar em Defesa da Exigência do Diploma em Comunicação Social/ Jornalismo para o Registro Profissional de Jornalista, a Frente do Diploma. Precisávamos de 198 assinaturas, entre deputados e senadores, e conseguimos 206, até quarta-feira, dia em que encaminhei a lista para conferência da mesa diretora do Congresso Nacional.

Outras assinaturas continuam chegando. O presidente Sérgio Murillo de Andrade, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), mobilizou os sindicatos estaduais de jornalistas e o trabalho continua fluindo. Acho até que vamos passar das 250 assinaturas.

Uma Frente Parlamentar é instrumento poderoso, principalmente se formada em defesa de uma causa justa como essa. Pode convocar audiências públicas e imprimir material de esclarecimento à população.

Sexta-feira, pela manhã, recebi diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Amazonas (SJPAM). Levaram-me publicações e discutiram passos a serem dados. Relataram-me sobre a guerra surda que se deu nas redações do Amazonas, como um exemplo do ocorrido no resto do País, a partir da formatura dos primeiros profissionais do Estado em curso superior de Comunicação Social/ Jornalismo, pela então Universidade do Amazonas (UA), hoje Ufam.
Ocorreram muitas conquistas. Acabou aquela história de entrevistados esconderem-se de determinadas equipes, por não terem como pagar "o do guaraná". O nível ético e profissional se elevou nas redações, até porque os jovens que chegavam cheios de gás da academia receberam a colaboração valiosa de gente mais antiga, profissional de batente, e que também tinha valores éticos sólidos, mas, até então, batia-se solitária contra a realidade vigente.

O fim do diploma como exigência para o registro profissional do jornalista é, por tudo isso que me relataram, um grande retrocesso. Não podemos permitir que ocorra. A Frente do Diploma, que vamos instalar oficialmente dia 23, vai lutar para que volte, dentro das normas preconizadas pelos ilustres senhores ministros do STF.

Rebecca Garcia
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas