Estamos em férias. A rotina obriga a maioria a economizar o ano inteiro para, agora, nesta época, viajar. O resultado é que Manaus fica vazia. Restaurantes, bares e lojas restringem os horários ou mesmo fecham as portas. Isso se repete, ano após ano, sem que façamos nada para criar uma alternativa para os que ficam, seja por opção, trabalho ou falta de recursos.
Sugiro algumas opções para este período do ano, no intuito de abrir o imenso leque de possibilidades. Eis aqui algumas sugestões:
Zona Metropolitana – Governo do Estado e Prefeitura de Manaus poderiam oferecer viagens de turismo, subsidiadas, à capital. Muita gente não conhece nossos prédios históricos, Teatro Amazonas à frente, e seria uma grande atração trazer moradores de Municípios como Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Autazes etc., para, neste período, conhecê-los. Todos teriam horário livre para ir aonde quisessem. Os mesmos ônibus que os transportassem, poderiam deixar essas pessoas em shoppings da cidade, com os quais o mesmo programa teria acordos de descontos especiais;
Periferia – O transporte nos ônibus seria liberado para determinados bairros, nos fins de semana, para incentivá-los a circular nos locais das excursões;
Shoppings – O poder público poderia fazer acordos para obter descontos especiais para quem entrasse no programa de férias que sugerimos. As lojas, nesse período, ficam vazias. O movimento só volta ao normal após o Carnaval. “Queimar” o estoque que sobra do Natal e Ano Novo é algo comum. Só precisaria de pequeno empurrão para trazer clientes para o comércio;
Cinemas, teatro, espetáculos – Shows públicos, em locais como a Ponta Negra, CSU do Parque 10, Centro Cultural dos Povos da Amazônia e, por que não?, eventos de música clássica no Largo de São Sebastião serviriam para dar à cidade um clima de festa. E tudo isso constituiria atração especial para os integrantes do programa;
Manaus não pode se acomodar a uma realidade de cidade emissora de turistas. Temos que criar atrações por aqui, para atrair pessoas do resto do Brasil e até do exterior. Que tal pensar em algo parecido com o Boi Manaus para a primeira quinzena de janeiro? A partir daí, as escolas de samba teriam que organizar apresentações especiais para ocupar o espaço – numa forma de retribuir ao subsídio governamental.
Há muito por fazer. Manaus precisa viver, de dezembro a março.
12 de janeiro de 2010
terça-feira, janeiro 12, 2010
Férias
Rebecca Garcia
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas no dia 04/01