Recebi, durante esta semana, ligações alarmadas de colegas e autoridades de Brasília, indagando-me sobre possível problema na demolição do estádio Vivaldo Lima. Tratei de tranquilizá-los. “E o monotrilho?”, indagam-me. Chegaremos a bom termo, não tenho dúvida.
Manaus e o Amazonas estão vivendo momentos de preparação para a Copa do Mundo de 2014. Na Comissão Especial para Fiscalização e Controle dos Recursos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, onde sou relatora, temos sentido a sensibilidade de cada gesto, cada notícia, cada manifestação a respeito do andamento da preparação brasileira.
Rogo a Deus que nos dê sabedoria para nos equilibrarmos entre uma fiscalização rigorosa, atenta e transparente da aplicação dos recursos e a capacidade de cumprir os prazos, no espírito daquilo que a Fifa, a CBF cobram das cidades escolhidas como sedes.
Mirem os órgãos financiadores, Caixa Econômica e BNDES, especialmente, em relação à liberação de recursos. Diante de sinal de fraqueza de qualquer das 12 cidades-sedes, os dirigentes desses organismos certamente recuarão na concessão do crédito, agindo no sentido de evitar o risco de desperdiçá-los num projeto, sob essa ótica, destinado ao fracasso.
O engajamento na preparação da cidade para a Copa do Mundo precisa de um nível tão sofisticado, que vai da renúncia do vendedor ambulante ao ponto mais movimentado, até à solução para o problema de porto – de cargas e passageiros – na cidade, uma questão infraestrutural que atravessa mais de meio século, desde que terminou o Ciclo da Borracha.
Olhemos nossos irmãos paraenses. Imaginemos o que fariam, a esta altura do campeonato, para voltar atrás em pouco mais de um ano e articular melhor a candidatura de Belém. Vejamos o tamanho do prejuízo à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa e das demais autoridades que fracassaram nessa luta, como parâmetro do tamanho do descontentamento da população. Não percamos de vista o volume de negócios carreados para Manaus, os hotéis em construção e o otimismo que toma conta de nosso povo.
Responsabilidade. Prudência. Atenção. Engajamento. A Copa 2014 trará para o Amazonas progresso que levaríamos décadas para obter.
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas