Acabo de receber a honrosa incumbência de, no âmbito da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Federal, relatar a Comissão Especial para Fiscalização e Controle dos Recursos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. Um dos motes para essa conquista é o cumprimento do cronograma de preparação por Manaus.
Estamos agora afinando os acertos com o Tribunal de Contas da União (TCU), que, por sua vez, tem interface com os Tribunais de Contas Estaduais (TCEs), a Procuradoria Geral da República (PGR), e daí com os procuradores da República nos Estados, além de Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais.
Está a disposição da população o site www.senado.gov.br/fiscaliza2014, para que a sociedade em geral possa acompanhar cada passo do que fizermos.
A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 desafiam a maturidade brasileira. Nosso trabalho é garantir o máximo de transparência e que as obras sirvam às cidades, após as competições.
Faço um apelo às autoridades de meu Estado, no sentido de que se empenhem ao máximo para cumprir o calendário acertado com CBF e Fifa, na batida atual. Tudo indica que 12 sedes podem ser demais e que o ideal seriam 10 sedes. Não haverá clemência na retirada de uma ou duas delas.
O Presidente Lula, com o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), tentou ganhar tempo e queimar etapas no desenvolvimento do Brasil. Hoje, do jeito que estão nossos portos, aeroportos, rodovias e as quase inexistentes ferrovias, se o Brasil crescesse um ano a índices chineses, acima de 10%, a infraestrutura nacional explodiria.
Os organizadores da Copa do Mundo e da Olimpíada exigem obras estruturantes, especialmente nos setores de transporte e comunicação.
Cidades como Manaus, com aeroporto sofrível e sem porto à altura – nem para carga, nem para passageiros –, com infraestrutura turística insuficiente, do que é exemplo a rede hoteleira, transporte público caótico e Internet cobrando preço de ouro pelo acesso lento que oferece, têm nesses eventos a chance de dar um pulo à frente.
Vamos fiscalizar e trabalhar. Quem puder ajudar, que ajude. Quem não puder, por favor, também não atrapalhe.
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas