Há muitos rumores e muita marola em torno da preparação brasileira para a Copa do Mundo de 2014. A Subcomissão Permanente de Acompanhamento dos Recursos Públicos Federais Destinados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, contudo, trabalha com dados oficiais. Foi por isso que, quarta-feira, recebemos o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em audiência pública conjunta, na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara Federal.
Houve desconforto, com o encerramento da sessão pelo presidente da CBF, logo após questionamentos do presidente da Subcomissão, deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP). Teixeira não respondeu à Câmara Federal e Torres questionou diretamente a Fifa.
Ricardo Teixeira, antes, cobrou aprovação do pacote de isenções fiscais para a Copa, elaborado pelo Executivo. Sem ele, o Brasil não poderá sediar o evento. Bens importados pela Fifa e por instituições parceiras para o Mundial de 2014, como alimentos, medicamentos, produtos promocionais e combustíveis, serão isentos. Equipamentos esportivos, de transmissão de sons e imagem, entre outros chamados bens duráveis, estão incluídos, desde que não custem mais que R$ 5 mil. Obras de estádios também não pagarão tributos federais. Cidades-sede serão, se aprovado o pacote, autorizadas a abrir mão do Imposto Sobre Serviços (ISS).
O coordenador geral de Tributação, Fernando Mombelli, e o chefe da Divisão de Estudos Jurídicos Tributários e Articulação de Assuntos Estratégicos, Augusto Carlos Rodrigues, da Receita Federal, explicaram o pacote, quinta-feira. Serão R$ 900 milhões de renúncia fiscal federal, R$ 340 milhões nos estádios e R$ 560 milhões nas demais operações.
Ricardo Teixeira descartou mudança nas 12 cidades-sede. Confirmou que o Morumbi, em São Paulo, vai receber os jogos e não haverá reforma ou construção de outro campo paulista. Quanto às obras dos estádios, Teixeira afirmou que o País não está “nem adiantado, nem atrasado”.
A CBF está de olho na Copa das Confederações, em 2013. Teixeira afirmou que pelo menos cinco dos 12 estádios previstos para a Copa do Mundo devem estar prontos, entre o final de 2012 e o início de 2013, para receber os jogos da Copa das Confederações.
Manaus precisa correr para não ficar para trás.
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas