Ruralistas comemoram aprovação do novo Código Florestal Ambientalistas choraram
o que para eles é a morte das águas, do clima e da floresta, um protesto
contra o projeto do novo Código Florestal.
Caixões e coroas de flores em frente ao Congresso Nacional. Ambientalistas choraram o que para eles é a morte das águas, do clima e da floresta, um protesto contra o projeto do novo Código Florestal.
“Mostrar que o Brasil todo está de luto com atitudes como essa. Mostraram do que são capazes, de levar o Brasil do século XXI e para a Idade Média sem escalas, abrindo uma picada com a motosserra na legislação ambiental brasileira”, declarou Mário Mantovani, da S.O.S Mata Atlântica.
Pelo texto aprovado na última terça-feira na Comissão Especial da Câmara, as pequenas propriedades, que na Amazônia podem chegar até cem hectares, só não podem acabar com o que sobrou da mata. Mas o que foi destruído não precisa ser replantado. Elas estão dispensadas da reserva legal, o percentual de vegetação nativa, que vai continuar sendo exigido para grandes e médias propriedades rurais: 80% na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% no campo.
O projeto suspende por cinco anos as autorizações para novos desmatamentos. Mas perdoa as multas para quem desmatou até julho de 2008, dando prazo de 20 anos para a recuperação das áreas.
A anistia deixou os ruralistas satisfeitos. “Essa suspensão é uma respirada. Nada hoje prejudica mais o agronegócio, a agropecuária, do que essa insegurança jurídica, essa questão das multas, essa truculência que tem sido praticada no dia a dia no campo”, declarou Kátia Abreu, da Confederação Nacional Agricultura.
A Confederação Nacional da Agricultura quer que a decisão sobre o tamanho da área de preservação permanente às margens dos rios fique com os governos estaduais e tentará fazer essa modificação do texto para votação em plenário.
Fonte: Frente Parlamentar Ambientalista