9 de outubro de 2008

Na luta pelo Desmatamento Zero

Na manhã desta quinta-feira (9), a Frente Parlamentar Ambientalista realizou a terceira reunião do Grupo de Trabalho Florestas. Os encontros têm o objetivo de construir os pressupostos para a formulação de uma proposta para a viabilização da adoção do Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia.

Além dos parlamentares coordenadores, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o secretário de Meio Ambiente do Estado do Mato Grosso Luiz Henrique Daldergan e representantes de instituições governamentais e não-governamentais ambientalistas, agrárias, de ciência e tecnologia, de setores produtivos, entre outras, participaram da reunião no Plenário 10, da Câmara dos Deputados.

Segundo o Dep. Rodrigo Rollemberg, coordenador em exercício do Grupo, a intenção dos encontros é montar uma proposta que leve em consideração as sugestões e particularidades de todos os atores envolvidos na questão, inclusive, com grande participação da sociedade.

A Deputada Rebecca Garcia encaminhou à Frente Ambientalista diversas sugestões para colaborar com a proposta. “É importante que todos encaminhem idéias para chegarmos a um produto final mais completo. Precisamos investir em políticas públicas que incentivem o manejo florestal e nos ajudem a cumprir as metas que serão estabelecidas pelo Pacto. A diferença de um país desenvolvido para um país em desenvolvimento é que temos a certeza de que todos nós juntos fazemos parte da mesma engrenagem”, comenta Rebecca.

Reunião – Os participantes do encontro debateram as adequações necessárias para mudar a realidade. Para o secretário Daldergan, o momento é de falar sobre as soluções para o problema do desmatamento. “Temos que achar o meio campo entre a paixão, a razão e a realidade na Amazônia.”

O Ministro Carlos Minc aproveitou a oportunidade para falar sobre as polêmicas geradas após a divulgação da lista dos cem mais desmatadores no país. “Foi uma mexida necessária. Temos que botar o dedo na ferida mesmo para enxergarmos que o modelo atual é predatório e precisa ser mudado. Somos favoráveis à reforma agrária, só que ela tem que ter sustentabilidade ambiental e econômica.”

Entre as soluções para conter o desmatamento na Amazônia, Minc defendeu um novo modelo de fiscalização, o manejo florestal e o extrativismo. "Mas um extrativismo sustentável, em que o sujeito não viva na miséria. Por isso, conseguimos [assegurar] um preço mínimo para dez produtos florestais e estamos trabalhando para incentivar uma indústria com base nesses produtos."

Pacto - O pacto, formulado em 2007 por nove ONGs, propõe o fim do desmatamento na Amazônia em sete anos. Veja a íntegra do pacto.

Fotos: Edson Almeida