Deputado Emiliano José (PT-BA) e jornalista: “Nós jornalistas estamos que nem cachorro que caiu da mudança, no meio da estrada, no ermo, vazio. Não há tergiversação. O Supremo cometeu um crime contra os jornalistas e contra a sociedade brasileira. Temos que defender intransigentemente o diploma, uma lei de imprensa e os direitos do cidadão.”
Deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e jornalista: “A criação da Frente demonstra uma grande coragem, porque esta não é uma pauta dos empresários da comunicação. Eles tentam precarizar a nossa profissão. Tentam fazer com que não exista marco regulatório, dificultando assim o direito de luta por um piso e pelos direitos profissionais. O curso de jornalismo nos ensina que a base da profissão é a liberdade, mas é a liberdade com responsabilidade. Nós podemos mudar, por exemplo, o rumo da economia do país com uma capa de jornal. A faculdade é necessária até para outros debates – a qualidade dos cursos de ensino superior, a lei de imprensa, que era superada, mas que era necessária avançar, entre outros.”
Deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) e professor: “Estamos alinhados com o sindicato dos jornalistas de Pernambuco e estou à disposição da Frente. Sonho com a concretização do diploma e a transformação dessa frente parlamentar depois no debate pela democratização da comunicação.”
Deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e funcionária pública: “É fundamental que entendamos a desregulamentação da profissão de jornalista não é uma questão só de precarizar a condição do profissional de jornalismo, é ampliar o poder absolutamente autoritário dos esquemas e instrumentos dos meios de comunicação. É parte da desconstrução da relação que a sociedade precisa ter com a comunicação. Assim, dificultando-se a realização do exercício de uma imprensa independente e capaz.”
Deputada Maria do Rosário (PT-RS), presidente da Comissão de Educação e Cultura e professora: “A decisão do Supremo constitui-se em uma peça de desconhecimento e de desvalorização do que é a complexidade dos processos de comunicação e educacionais do país. Não ao acaso que estão consolidadas bases para adquirir-se um diploma de jornalista, assim como também não ao acaso que isso esteja colocado em outras profissões. Temos a preocupação que isso inicie um processo de desregulamentação de diversas áreas. As universidades brasileiras estão em constante preparação para formar profissionais com conhecimento que não estão ligados diretamente ao mercado, mas profissionais formados a partir de princípios éticos, soberanos da nação brasileira e de promoção da igualdade.”
25 de setembro de 2009
sexta-feira, setembro 25, 2009