Imagine um cidadão comum que recebe seu salário mensalmente, o coloca na mão de outra pessoa e, a partir daí, não faz a menor idéia do está sendo feito com o seu dinheiro, nem se as suas contas estão sendo pagas ou não. É mais ou menos assim que vive grande parte da população brasileira em relação ao Orçamento Geral da União (OGU). O governo arrecada os impostos e o acompanhamento do uso desse dinheiro não é feito pela população. Com o objetivo de tornar o OGU mais democrático, o Fórum Brasil de Orçamento ofereceu um café da manhã, na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (14).
De acordo com o professor Luiz Mário Behnken, do Conselho Federal de Economia do Rio de Janeiro, o tema ainda é muito técnico, o que dificulta a compreensão. “A participação da sociedade é um ato de vontade do cidadão, mas é obrigação do governo dar os subsídios para que a população participe dessa política pública. É preciso que se abra um canal para que a sociedade acompanhe e opine sobre as decisões orçamentárias do governo”, afirma o professor.
De acordo com o professor Luiz Mário Behnken, do Conselho Federal de Economia do Rio de Janeiro, o tema ainda é muito técnico, o que dificulta a compreensão. “A participação da sociedade é um ato de vontade do cidadão, mas é obrigação do governo dar os subsídios para que a população participe dessa política pública. É preciso que se abra um canal para que a sociedade acompanhe e opine sobre as decisões orçamentárias do governo”, afirma o professor.

Para a sócio-economista da Rede Jubileu Sul Sandra Quintela, a questão principal é a dívida pública. As organizações ligadas ao tema estão de olho no trabalho da CPI da Dívida Pública, que foi instalada no dia 17 de agosto. Segundo ela, é muito importante que a sociedade acompanhe para entender o que é a dívida pública brasileira. “Ela está sendo paga com o dinheiro do povo brasileiro e ninguém sabe direito questões básicas sobre essa dívida pública. Então, o governo precisa esclarecer diversos pontos e espero que a CPI seja um espaço para que isso aconteça.” O relator do projeto do OGU 2010, deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), também participou da reunião.
Segundo a deputada Rebecca Garcia, quanto maior a participação e a cobrança da sociedade, maior será a transparência nas contas do governo. “É essencial para o desenvolvimento do nosso país que o povo acompanhe como o seu dinheiro está sendo gasto pelo Poder Executivo.”