24 de maio de 2010

Curitiba fora da Copa

Curitiba, a cidade paradigma do Brasil, pode ficar fora da Copa do Mundo de 2014. A informação chegou aos integrantes da Subcomissão permanente de acompanhamento dos recursos públicos federais destinados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, na quinta-feira (20/05), pelo coordenador da região metropolitana de Curitiba, Alcidino Bittencourt.

É um sinal de alerta para todas as demais capitais escolhidas como sedes, caso de Manaus.
A capital paranaense tem o estádio mais preparado para receber os jogos, segundo avaliação da Fifa, e o melhor sistema de transporte coletivo do país. Ocorre que problemas em relação aos investimentos podem ser o empecilho.

O Estádio Joaquim Américo Guimarães, a Arena da Baixada, de propriedade do Atlético Paranaense, custou R$ 400 milhões do clube. As adaptações às exigências da Fifa custarão mais R$ 138 milhões, que, com as desonerações fiscais, caem para R$ 90 milhões. O clube só vai investir mais R$ 30 milhões. Os R$ 60 milhões restantes não vão ficar a cargo nem do governo, nem da prefeitura, informa Alcidino, mas da articulação de parcerias do próprio clube.

As obras de mobilidade urbana, em Curitiba, estimadas em R$ 400 milhões, meio a meio entre Estado e prefeitura, estão dentro dos prazos combinados com o Governo Federal.

O representante de Recife, o secretário da Casa Civil do governo de Pernambuco e coordenador do Comitê Pernambuco Copa 2014, Ricardo Leitão, informou que a construção da Arena Capibaribe será feita em parceria público-privada. O custo estimado é de R$ 464 milhões, 25% de renda do consórcio vencedor da licitação e 75% financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As obras começam em julho e devem terminar em dezembro/2012.

Quarta-feira, em audiência pública conjunta com a Comissão de Turismo e Desporto. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse-nos que o presidente Lula incluiu na Medida Provisória 489/10 a previsão de rito simplificado para obras em aeroportos. A MP autoriza a União a participar de um consórcio para a realização de obras da Olimpíada de 2016. Para a Copa, a previsão de investimentos federais em infraestrutura é de R$ 24 bilhões.

Rebecca Garcia
Artigo publicado no jornal Diário do Amazonas