COMENTÁRIO
Num momento em que o país vive uma crise aérea sem precedentes, nós, moradores de Manaus, convivemos diariamente com um problema que não parece ter fim.Pior que isso, piora a cada dia com nova demandas e com o aumento excessivo de veículos nas ruas. Enquanto capitais iniciam um processo de transformação em toda sua malha, desde os pontos de parada até na estratégia de tráfego, nossa capital está "derrapando" no conceito de atendimento ao usuário, ao deficiente físico, à gestante, ao idoso, ao estudante, ao trabalhador. Todos são penalizados. O novo prefeito que assumir a cadeira em 2009, deve ter a audácia de reformular todo este sistema falho, arcaico, encontrando soluções nos projetos bem geridos e executados em outras metrópoles, assim como o diálogo com a comunidade para efetivamente ouví-la.
Leia matérias de dois jornais de nosso Estado referentes ao tema.
JORNAL DIÁRIO DO AMAZONAS
Usuários reclamam de transporte alternativo
Usuários do transporte alternativo de Manaus reclamam da falta de troco nos microônibus, da alta velocidade dos veículos e do mau atendimento. Segundo registros do Instituto Municipal de Transportes Urbanos (IMTU), as principais infrações dos alternativos também incluem descumprimento das rotas, uso de buzina exótica e alto-falante para chamar passageiros. O diretor-presidente do IMTU, Marcelo Ramos, não soube informar quantos microônibus foram autuados em 2007, mas estima que durante os 13 primeiros dias de 2008 quase dez veículos foram multados. “Só na semana passada nós apreendemos quatro e multamos dois”, disse. A dona de casa Maria Socorro Pantoja, 23, usuária da linha Nova Vitória/T5, disse que por falta de campainha de parada dentro do ônibus, muitas vezes o motorista não pára onde ela solicita. “Eles colocam todo tipo de buzina, mas não instalam uma campainha. Quando o ônibus está cheio, nem sempre o motorista nos ouve e acabo passando do ponto”. A enfermeira Elizalva dos Santos, 56, reclamou do atendimento dos motoristas de microônibus alternativos. Ela é usuária da linha João Paulo-T5. “Eles nos tratam com descaso e não informam direito sobre a rota do ônibus e nem sempre têm troco. Ficam com R$ 0,50 da gente”. O vendedor Elísio Edmundo da Silva, 29, disse que não se sente seguro no Alternativo, em razão das infrações de trânsito cometidas pelos motoristas. “Eles andam em alta velocidade, não respeitam os pedestres e nem os sinais de trânsito”.
O advogado Eliezer Credder dos Santos, 34, apesar de não ser usuário do alternativo, também reclamou da alta velocidade dos microônibus. “O trânsito é um espaço democrático, afeta todos que participam. Tem alternativo que anda quase dois quilômetros com o pisca alerta ligado, pescando passageiros. Nós que estamos atrás ficamos sem saber se ele vai virar, se vai seguir reto ou parar a qualquer momento”. O diretor-presidente do IMTU, Marcelo Ramos, disse que as constantes reclamações dos usuários motivaram uma operação de fiscalização que será realizada a partir de hoje em conjunto com o Instituto Municipal de Trânsito (Imtrans). Marcelo Ramos informou que a população pode denunciar irregularidades dos alternativos por meio do telefone 157. “Temos dificuldade de fiscalizar porque não temos equipe suficiente. O apoio dos usuários é fundamental”.
JORNAL A CRÍTICA
Ônibus novos parados na garagem - Os ônibus da Via Verde estão “guardados” numa área na avenida Torquato Tapajós, onde funcionará a sua garagem
A empresa Via Verde, que integra o consórcio Transmanaus, mantém mais de 70 ônibus novos guardados numa garagem na Torquato Tapajós, ao lado da Philips, na Zona Norte, sob a promessa de colocá-los para circular até o final do mês. Além disso, cerca de 30 veículos, aparentemente novos, da mesma empresa, estão na garagem da Eucatur no bairro Lagoa Verde, Zona Sul.
O fato chama a atenção da população que telefonou ao jornal A CRÍTICA para registrar essa situação e para lamentar que os veículos ainda não tenham sido colocados em operação para servir a população.
O presidente Instituto Municipal de Transportes Urbanos (IMTU), Macelo Ramos, disse que, na verdade, são 80 veículos novos na garagem da Torquato Tapajós. Desse total, segundo ele, 25 já estariam circulando nos trechos percorridos pela Via Verde.
Marcelo Ramos explicou que os demais ônibus dessa empresa continuam na garagem porque a Via Verde é nova na cidade e está construindo naquele local uma garagem com tanque de combustível para abastecimento dos ônibus, posto de lavagem e área para manobras, o que tem sido retardado pela freqüência das chuvas nesse período do ano.
Solucionados
Assim que esses problemas forem solucionados, os ônibus entrarão em operação, garantiu Marcelo Ramos. Os ônibus atualmente parados da Via Verde atenderão às rotas dos bairros Hiléia, Redenção, Nova Esperança, Alvorada, Bairro da Paz, Santa Bárbara e outros na Zona Centro-Oeste. Eles substituirão aqueles pintados de branco que circulam atualmente e que são veículos recauchutados.
Assim que esses problemas forem solucionados, os ônibus entrarão em operação, garantiu Marcelo Ramos. Os ônibus atualmente parados da Via Verde atenderão às rotas dos bairros Hiléia, Redenção, Nova Esperança, Alvorada, Bairro da Paz, Santa Bárbara e outros na Zona Centro-Oeste. Eles substituirão aqueles pintados de branco que circulam atualmente e que são veículos recauchutados.
Lagoa Verde
Quanto a existência de cerca de 30 ônibus novos na garagem da Eucatur/Cidade de Manaus no bairro da Lagoa Verde, Zona Sul, Marcelo disse que podem ser parte da frota diária da empresa que não estão em uso nesse período do ano, quando, por conta das férias escolares, reduz-se a demanda pelo transporte coletivo.