O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse nesta terça-feira, 10, em reunião com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que tratará a preservação da floresta amazônica como prioridade e que está disposto a reavaliar com os empresários os processos das cadeias produtivas relacionadas à mata. "O nosso lado é o lado legal e ético", afirmou Skaf. "A Amazônia é prioridade."
O presidente do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Fiesp, Walter Lazzarini, disse que "a enorme habilidade política e o histórico de militância ambiental" de Minc trazem expectativas "extremamente positivas" para a gestão do ministro.
Minc contou aos conselheiros como acelerou os processos de licenciamentos ambientais quando era secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, cargo que deixou para a assumir o Ministério. O Consema é formado por cerca de 50 pessoas ligadas à questão ambiental. Acompanham a reunião Teresa Collor e o secretário de Meio Ambiente de Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano.
Na última segunda-feira, Minc anunciou no programa Roda Viva, da TV Cultura, que, a partir de 15 de junho, as grandes empresas do País, com ênfase em frigoríficos, siderúrgicas, madeireiras e a indústria alimentícia, terão de informar quais são os seus fornecedores.
"As empresas serão co-responsáveis pelos crimes ambientais cometidos pelos seus fornecedores e arcarão com as penas da lei", disse durante o programa. Para Minc, é hora de "controlar" a cadeia produtiva. Mas ele afirmou que o governo não tratará todas as empresas sediadas na Amazônia indiscriminadamente.Minc afirmou ainda que a Amazônia não é apropriada para a expansão do cultivo de cana-de-açúcar para a produção de etanol, nem de soja para biocombustível.
Fonte: O Estado de S.Paulo
10 de junho de 2008
terça-feira, junho 10, 2008