No mundo ideal, pelo qual todos temos a obrigação de lutar, enchente e seca seriam encarados não mais como ameaças, mas como momentos nos quais a interação homem-natureza seria apenas diferente: no verão, as terras de várzeas disponíveis para a lavoura extensiva; no inverno, sob chuva, a hora de cultivar as terras firmes. O turismo permeando o ano inteiro, metade enfatizando as praias de areias brancas e a pesca; outra parte, na floresta inundada, os igapós, sempre tão diferente. Esse é o nosso desejo, na semana em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Terça-feira, em sessão do Congresso no plenário do Senado Federal, com a presença honrosa de crianças do ensino fundamental do Distrito Federal, representando o futuro, comemoramos a data.
A necessidade de o ser humano prestar atenção nos avisos que a natureza vem mandando, por meio de desastres naturais, foi o foco do evento. O tema "Seu planeta precisa de você: unidos contra as mudanças climáticas" reflete a urgência de que nações atuem de maneira harmônica para fazer frente às consequências das transformações da natureza pela ação do homem, para erradicar a pobreza e para manejar adequadamente suas florestas e outros recursos naturais.
O Brasil obteve conquistas, nas últimas décadas, especialmente na área legislativa, mas ainda são necessárias muitas mudanças. Há problemas ambientais graves. O desmatamento e queimada das áreas de floresta; a extinção de espécies nativas; o crescimento desordenado das cidades; as práticas agrícolas insustentáveis; a erosão, poluição e degradação dos solos; e a desertificação.
É necessário colocar em prática o tão falado desenvolvimento econômico, aliado à sustentabilidade ambiental, tarefa que demanda criatividade, bom senso e vontade política.
O mundo avança rumo ao desenvolvimento sustentável. O Brasil não pode ir na contramão. Nós, do Legislativo, temos que parar e ouvir o que os especialistas e a opinião pública têm a dizer, rapidamente, para preservar o que ainda temos, antes que seja tarde, como disse na sessão.
Rios, lagos, florestas, igarapés, canais. Temos tudo em abundância. A degradação entre nós ainda é pequena. A missão principal do Amazonas é preservar.
Rebecca Garcia